Na primeira reunião de negociação da revisão do Acordo de Empresa, dia 29 de Junho, a administração da Soflusa voltou a não apresentar qualquer contraproposta para os salários e outras matérias de expressão pecuniária, denunciou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário. «Pelo discurso inicial do administrador presente na reunião, dir-se-ia que talvez os trabalhadores tenham que vir a pagar para trabalhar», ironiza o sindicato, num comunicado. O administrador informou que o défice da empresa «cresceu de 1,2 milhões de euros, em 2002, para 6,5 milhões, em 2003». Houve também uma redução do número de passageiros e as despesas cresceram na ordem dos 48 por cento. «Só que não são os trabalhadores os responsáveis por esta situação», protesta o SNTSF/CGTP-IN, responsabilizando a falta de política para o sector e as orientações das sucessivas administrações. Refere o sindicato que «as despesas com pessoal aumentaram apenas cerca de 2 por cento, se excluirmos as verbas pagas com indemnizações». Os prejuízos «são superiores às despesas com pessoal, incluindo as indemnizações».
Para ontem estava marcada nova sessão de negociações, após a qual o sindicato deverá voltar a reunir os trabalhadores para definir acções futuras.